Você já parou para pensar que viver mais não significa necessariamente viver melhor?
Nas últimas décadas, conseguimos ampliar o número de anos que vivemos – esse é o lifespan, ou expectativa de vida. Mas uma métrica ainda mais importante está ganhando atenção: o healthspan, que representa quantos desses anos são vividos com saúde, autonomia e bem-estar.
Fonte: Dr. Peter Attia, Outlive: The Science and Art of Longevity.
A diferença entre essas duas métricas revela um desafio silencioso, mas urgente: estamos adicionando anos à vida, mas nem sempre vida aos anos.
Dados Globais
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a expectativa de vida global em 2024 está em torno de 73,4 anos. Em 1900, esse número era de apenas 31 anos. Owww, olha esse salto!
Mas o que poucos sabem é que a expectativa de vida com saúde (healthspan) é cerca de 10 anos menor, ou seja, em média, vivemos uma década em condições de doenças crônicas, limitação funcional ou dependência.
Um estudo da Harvard School of Public Health aponta que as principais causas dessa redução do healthspan são condições evitáveis (isto é, hábitos diários), como doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes tipo 2 e depressão.
As Zonas Azuis – regiões do mundo onde as pessoas vivem mais e melhor, como Okinawa (Japão), Sardenha (Itália) e Nicoya (Costa Rica), são exemplos práticos de como ambiente, alimentação, relações sociais e propósito impactam diretamente o healthspan.
E o Brasil? O retrato é ainda mais preocupante
De acordo com o IBGE, a expectativa de vida do brasileiro em 2023 foi de 75,5 anos. Mas segundo o Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), os anos vividos com saúde caem para cerca de 62 anos, com grandes variações entre regiões e classes sociais.
Vivemos mais, sim. Mas adoecemos mais cedo.
A prevalência de doenças como hipertensão (24,5% da população adulta, segundo a Vigitel 2023), diabetes tipo 2, obesidade e depressão tem aumentado consistentemente. E muitas dessas condições estão diretamente ligadas a comportamentos modulares: alimentação, movimento, sono e saúde mental.
Outro ponto crítico no Brasil é o acesso desigual à atenção primária e à promoção da saúde preventiva. O foco ainda está na doença… e não na saúde.
Isto impacta diretamente em viver com dor, limitações ou dependência, o que afeta a autonomia, as relações e o sentido da vida para as pessoas.
Para as empresas, o custo é silencioso:
- Afastamentos por doenças crônicas e emocionais;
- Presenteísmo (estar presente, mas com baixa performance);
- Baixa energia, engajamento e capacidade de inovação.
Não a toa que a bem-estar vem entrando cada vez mais como uma área de negócio nas empresas. Segundo a Deloitte, empresas que investem em estratégias integradas de bem-estar têm retorno médio de R$ 6 para cada R$ 1 investido, considerando redução de absenteísmo, maior produtividade e retenção de talentos.
E mais: com a força de trabalho envelhecendo, ampliar o healthspan dos colaboradores se torna uma questão estratégica, não apenas de RH, mas de sustentabilidade do negócio.
A chave está no comportamento
Estudos do CDC (Centers for Disease Control and Prevention) mostram que mais de 80% das doenças crônicas poderiam ser prevenidas com mudanças de hábitos.
Mas o que isso significa na prática?
Significa que a mudança não está apenas na informação, mas na forma como integramos novos hábitos ao nosso cotidiano. Aqui entram as abordagens mais modernas da ciência do comportamento, como:
- Behavior Design (BJ Fogg – Stanford);
- Neurociência da decisão (Anna Lembke, Robert Sapolsky);
- Psicologia da motivação e autorregulação (Susan David, Carol Dweck, Roy Baumeister).
E todas apontam para um ponto central: pequenos hábitos, aplicados de forma consistente e personalizada, são a base da saúde real e sustentável.
Como a Huna atua nesse cenário
Na Huna, trabalhamos com um olhar 360 da saúde – não só física, mas emocional, social e mental.
Ajudamos pessoas a construir micro-hábitos de alto impacto, que respeitam o tempo, o contexto e os objetivos de cada um. Tudo isso com suporte diário via WhatsApp, com microlearning, apoio comportamental e dados para acompanhamento da empresa.
Porque não basta saber o que fazer. É preciso sentir que é possível, receber suporte e ter clareza do porquê.
Nosso foco é claro: aumentar o healthspan.
O futuro da saúde é comportamental
A boa notícia é que temos tecnologia, ciência e conhecimento para mudar esse cenário. A má notícia? Ele não muda sozinho.
Estamos diante de um novo paradigma: o bem-estar não é mais um extra. É essencial. E mais do que isso, é estratégico, tanto para a vida quanto para os negócios.
A pergunta que fica é: você está investindo nos seus anos de vida, mas está investindo também na vida dentro dos seus anos?